Sexta-feira, 5 de Setembro de 2008

Se nos dedicarmos, mais cedo ou mais tarde, vamos conseguir!

 

Tenho um problema de visão com o qual nasci e que me limita muito a focagem e a leitura. No entanto, esta limitação não me impediu de ultrapassar todos os obstáculos. É certo que nas fases mais complicadas e com muitas lesões, já pensei em abandonar o atletismo, mas – não sei porquê – consegui ganhar força, motivação e energia positiva para continuar.
 
Acredito que se nos dedicarmos ao objectivo que traçámos e que queremos, mais cedo ou mais tarde, vamos conseguir!
 
Ir a Pequim representa os meus terceiros jogos paralímpicos mas já possuo um currículo invejável, detendo o recorde do mundo dos 400 metros e sendo vencedor de várias medalhas.
 
Este ano, pelos treinos e provas que efectuei, sinto que posso lutar pelas medalhas no pentatlo, um dos meus objectivos nos Jogos Paralímpicos.
 
Veja aqui um vídeo de Gabriel Potra 
br.youtube.com/watch
 
publicado por É nisto que somos bons às 12:16
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Terça-feira, 26 de Agosto de 2008

JOANA CALADO


'Quando temos um objectivo, torna-se tudo mais fácil
ver aqui um filme com Joana Calado

A natação entrou na minha vida por indicação médica, para atenuar a descompensação de não ter um braço. Passei para o nível de competição quando integrei o Gesloures, onde nada a Leila e outros atletas que já participaram em jogos paralímpicos. A Leila foi uma inspiração. É um exemplo de uma pessoa que consegue conciliar uma vida profissional exigente com uma actividade de alta competição. É admirável e espero ser capaz de seguir as pisadas dela.

Já participei na Taça Europeia, no ano passado, na República Checa, e noutras provas internacionais que deram para ter uma ideia do espírito que vou encontrar em Pequim.

Estar aqui já é um grande passo, mas o meu grande objectivo é atingir uma final.
Quando temos um objectivo, torna-se muito mais fácil. Focamo-nos numa coisa e o resto vem por arrasto.
'
publicado por É nisto que somos bons às 16:14
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Sexta-feira, 22 de Agosto de 2008

DAVID GRACHAT


'Gostava de ser treinador desportivo

ver aqui um video com David Grachat

Aos dois anos a minha mãe inscreveu-me na natação para fortalecer e desenvolver os músculos. Comecei a participar em competições com 10 anos e há 11 que faço desporto ao mais alto nível.

Este ano, fiz uma competição com atletas ditos normais e já participei em provas de águas abertas, onde me classifiquei bastante bem. Numa fiquei em terceiro lugar, no meio de 300, e noutra fiquei em quinto lugar.

As expectativas para Pequim passam por, pelo menos, ir à final. A energia vou buscá-la ao meu treinador, que me dá muito na cabeça, mas também aos meus pais e à minha irmã.'
publicado por É nisto que somos bons às 15:26
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Quinta-feira, 21 de Agosto de 2008

AUGUSTO PEREIRA NA RTP

Augusto Pereira, ciclista que já conquistou um 5º e um 9º lugar em Sidney e Atenas, respectivamente, está a preparar a sua participação nos Jogos Paralímpicos de Pequim. Ontem, esteve na RTP 1 com o seu treinador, Henrique Santos, onde foi entrevistado no programa Verão Total.

Ver aqui Augusto Pereira e Henrique Santos na RTP
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LUÍSA SILVANO


Atirei-me ao desafio, de mergulho!

ver aqui um video de Luísa Silvano

Tenho uma malformação congénita na perna direita, mas tive a sorte de ser muito acompanhada pela família, que não desistiu e me obrigou desde cedo a fazer operações de correcção. Hoje tenho uma vida perfeitamente normal, porque sempre me fui adaptando.

Até aos 13 anos, fiz 10 operações. Estava mais tempo no hospital que em casa. Esta experiência fez com que desenvolvesse algumas competências pessoais que sempre me ajudaram a ultrapassar as dificuldades.

Em 2006 fui novamente operada e curiosamente o meu fisioterapeuta estava ligado à vela adaptada. Surgiu então a possibilidade de fazer equipa com o Bento Amaral. Como fui nadadora de competição em pequena, atirei-me ao desafio, de mergulho!
publicado por É nisto que somos bons às 12:08
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Terça-feira, 19 de Agosto de 2008

EUNICE RAIMUNDO

'Estou a trabalhar para o meu sonho

Sou a Eunice Raimundo, tenho 31 anos de idade, vivo em Braga, sou portadora de paralisia cerebral. Pratico Boccia no desporto federado desde 1992, no desporto escolar desde 2000 e pertenço a Selecção Nacional desde 2007.
Tenho um sonho: tornar-me uma grande jogadora internacional e estou a trabalhar e a lutar para o atingir. No ano passado fiz parte da selecção nacional para a taça do mundo no Canadá, onde ganhei uma medalha de ouro em pares e o 11º lugar individual.

É uma grande honra representar o nosso país em Pequim. Treino diariamente com a minha monitora e amiga Carla Oliveira na Escola Secundaria de Maximinos, em Braga, e o nosso pensamento está unicamente centrado num bom resultado nos Jogos Paralímpicos.

Não tenho linguagem verbal e, por isso, quando jogo boccia é mais complicado. Durante os jogos comunicamos à base de códigos. É preciso treinar muito para obter uma união perfeita. É divertido quando brincamos com a falta de comunicação, quando a minha monitora fica a olhar para mim com dificuldade para me compreender. Mas é com estas dificuldades que temos crescido como pessoas e eu como atleta.'

Eunice Raimundo é acompanhada tecnicamente por Carla Oliveira, de 35 anos, casada e mãe de uma menina de 8 anos chamada Diana. Conheceu a Eunice há sete anos e é sua monitora de Boccia há três anos.
publicado por É nisto que somos bons às 10:51
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DIANA GUIMARÃES

'Tento ser cada vez melhor

ver aqui um video de Diana Guimarães


A minha limitação física não me condiciona em nada dentro de água. Penso que tenho até mais liberdade do que cá fora. Há menos barreiras, a piscina é sempre a mesma e não há grandes obstáculos.

O que me motiva é a tentativa de ser cada vez melhor, de me superar e nadar cada vez mais rápido. Praticar desporto, quando se tem uma deficiência física, exige alguns sacrifícios, mas é muito compensador e aumenta a auto-estima. É muito gratificante. Para me preparar para os jogos, estou a fazer treinos de duas horas de manhã e duas à tarde, diariamente. É difícil, mas com trabalho e com energia positiva tudo se consegue!'
publicado por É nisto que somos bons às 10:47
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Quinta-feira, 14 de Agosto de 2008

GABRIEL MACCHI


'Desporto deve fazer parte da vida

Ver aqui um vídeo de Gabriel Macchi

Comecei a fazer atletismo quando tinha 14 anos para acompanhar o meu pai nas maratonas. Estávamos na Argentina, país onde nasci.

Como possuo uma insuficiência visual, fruto de um glaucoma juvenil, fui perdendo progressivamente a visão, o que me levou a procurar o desporto adaptado. Em 2006 entrei na minha primeira competição e consegui ser campeão nacional dos 5 000 metros.

Pequim é a minha estreia nos Jogos Paralímpicos, com a maratona. O objectivo é participar e fazer o melhor possível. A nível europeu, tenho confiança de que obterei uma boa posição. Já ao nível africano a concorrência é quase imbatível.

Quer seja na alta competição ou por puro lazer, é bom que o desporto faça parte da vida das pessoas, mesmo que seja só meia hora diária.'

publicado por É nisto que somos bons às 12:31
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Quarta-feira, 6 de Agosto de 2008

LEILA MARQUES


'O importante é fazermos o que gostamos

Ver aqui um vídeo de Leila Marques

A natação surgiu na minha vida por indicação médica, como na maioria das pessoas portadoras de deficiência. Fui ganhando o gosto e não olhei mais para trás. Apesar de ocupar cerca de cinco horas do meu dia com a natação, formei-me em Medicina há três anos. Estou a frequentar a especialidade de Medicina Geral e Familiar no Centro de Saúde de Odivelas. O meu dia é uma correria entre casa, piscina e Centro de Saúde.

Deixo um conselho a todos: saltem para fora de casa e encontrem uma actividade que gostem. Não podemos ter vergonha de ter um aspecto diferente dos outros. O importante é fazermos o que gostamos.'
publicado por É nisto que somos bons às 12:37
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Segunda-feira, 4 de Agosto de 2008

SIMONE FRAGOSO


'Vivam cada dia como se fosse o último

Ver aqui um vídeo de Simone Fragoso

Faço tudo o que uma pessoa dita «normal» faz. Onde não chego, peço ajuda. Ser a atleta mais pequena da Selecção não é assim tão mau: toda a gente gosta de mim. Sou uma pessoa divertida e gosto que os outros se divirtam. A minha família também é constituída por pessoas muito divertidas e também dão uma grande lição de vida. Devo-lhes muito!

Deixo um conselho às pessoas com deficiência e que se fecham em casa: Saiam! Vivam cada dia como se fosse o último e aproveitem o máximo da vida. Façam como eu, que tenho sempre uma energia positiva!'
publicado por É nisto que somos bons às 12:40
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CARLOS LOPES

'Não podemos pensar no que não temos

ver aqui um video de Carlos Lopes

Na infância sempre gostei de correr. Quando percebi que era possível fazer atletismo de competição, integrado numa equipa para pessoas com deficiência, não hesitei e comecei a treinar em Outubro de 1998. No ano seguinte, num campeonato da Europa, conquistei a primeira medalha de prata para Portugal nos 800 metros.

Sinto uma energia positiva no dia-a-dia, que me torna possível obter bons resultados quer na vida desportiva, quer na pessoal. O meu conselho é que as pessoas conheçam as suas capacidades e as valorizem. Não podemos passar a vida a pensar naquilo que não temos.'
publicado por É nisto que somos bons às 12:25
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Quinta-feira, 31 de Julho de 2008

BENTO AMARAL


'No mar sou igual às outras pessoas

Veja um video de Bento Amaral aqui

Comecei a fazer vela com 11 anos e continuei até aos 25, altura em que tive um acidente que me deixou tetraplégico. Sete anos mais tarde descobri que existiam barcos de vela adaptada e voltei ao mar. A sensação foi de liberdade e de autonomia, o que não consigo ter numa cadeira de rodas em terra. No mar sou igual às outras pessoas.

A partir do momento em que tive o acidente e que me vi confinado a uma cama, tinha duas opções: ou ficava deitado na cama a vida inteira ou tentava realizar-me o mais possível. Optei pela segunda hipótese e é normal que isso se transmita na vela: vencer obstáculos, ventos fortes e dias frios. É bom olhar para trás e achar que valeu a pena.'




publicado por É nisto que somos bons às 18:11
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SARA DUARTE

À procura da perfeição

ver aqui um video sobre Sara Duarte

Sara Duarte vai representar Portugal na disciplina de equitação nos próximos Jogos Paralímpicos, que se realizam em Pequim, durante o mês de Setembro.

Tem paralisia cerebral, com 72% de incapacidade permanente, com grandes dificuldades motoras ao nível das pernas, braços e mãos, e ao nível da fala. Começou a praticar equitação com 7 anos de idade. Aos 14 anos, a força de vontade e a paixão pelos cavalos eram tão evidentes que se tomou a decisão de aprofundar a sua aprendizagem, melhorando as suas capacidades.

A partir de 1999, Sara Duarte começou a revelar-se uma potencial atleta de Dressage e João Cardiga levou-a pela primeira vez a uma prova de equitação adaptada. A Dressage – paradressage, no caso de Sara Duarte – é a disciplina mais complexa da equitação; está para a equitação como o ballet clássico está para a dança; fazer dressage é perseguir a perfeição; é chegar à união e comunicação perfeitas entre cavalo e cavaleiro; representa o rigor máximo; a perfeição que se persegue a vida toda.

Sara Duarte monta o Neapolitano, um cavalo com 8 anos oferecido por Artur Carvalho criador de lipizans nos Açores; desde os 3 anos que é continuamente ensinado e treinado por João Pedro Cardigo, de acordo com as especificidades requeridas por Sara Duarte.

publicado por É nisto que somos bons às 11:27
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Para que serve este blog?

- recolher mensagens, comentários e opiniões de atletas, amigos, adeptos e de todos os que querem apoiar a paticipação dos portugueses nos Jogos Paralímpicos de Pequim em 2008.

Galp Energia apoia Missão Paralímpica Portuguesa 2008

A Galp Energia é o patrocinador principal da Missão Paralímpica Portuguesa, contribuindo para a divulgação pública dos valores expressos pelo desporto e pelo desempenho destes atletas, que são um exemplo de força de vontade, persistência, luta contra as adversidades e dedicação.

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