'No mar sou igual às outras pessoas
Comecei a fazer vela com 11 anos e continuei até aos 25, altura em que tive um acidente que me deixou tetraplégico. Sete anos mais tarde descobri que existiam barcos de vela adaptada e voltei ao mar. A sensação foi de liberdade e de autonomia, o que não consigo ter numa cadeira de rodas em terra. No mar sou igual às outras pessoas.
A partir do momento em que tive o acidente e que me vi confinado a uma cama, tinha duas opções: ou ficava deitado na cama a vida inteira ou tentava realizar-me o mais possível. Optei pela segunda hipótese e é normal que isso se transmita na vela: vencer obstáculos, ventos fortes e dias frios. É bom olhar para trás e achar que valeu a pena.'